A primeira vez que deram a honra a um compositor contemporâneo de ver uma peça estreada no concerto de encerramento dos Proms foi em Setembro de 1995. O privilegiado foi Sir Harrison Birtwistle e o resultado um escândalo nacional, com o público e parte da imprensa a reagirem de forma indignada. A peça em questão foi Panic e encerra este programa dedicado aos Escândalos nos Proms.
Escrita como uma abertura para o concerto inaugural do Pierrot ensemble, um agrupamento britânico criado por Harrison Birtwistle com o intuito de apresentar obras de Schoenberg e de compositores britânicos, Antechrist de Peter Maxwell Davis é inspirada numa melodia medieval e em iluminuras que representam Cristo e o Anticristo, expondo uma dupla realidade que se confunde e nos leva a questionar a realidade. O concerto prossegue com homenagens a Schoenberg e a duas das suas obras mais populares, a Sinfonia de Câmara nº 1 e as Cinco peças para orquestra.